Os embargos declaratórios, como se sabe, não
precisam ser pautados (aliás, em geral são julgados em lista - e para quem não
sabe o que é um julgamento em lista, nem queira saber - a ignorância, dizem,
liberta). Voltando aos embargos, por cortesia, em situações análogas, o STF
informa os advogados para que eles não tenham de ir (muitos de fora de Brasília)
sem motivo ao plenário, e, de outra parte, não sejam pegos de calças curtas. No
caso do mensalão, só o ministro José Barbosa controla a pauta. E, na penúltima sessão,
quando o ministro Barroso quis saber de Barbosa quais casos iriam entrar na
pauta seguinte, foi ironizado pelo presidente. De fato, o ministro Barroso,
sensível às agruras da advocacia, argumentou que já esteve do lado de lá, e que
por isso acreditava que seria bom se se soubesse de antemão o que seria julgado.
De bate pronto, com a sutileza própria de S. Exa., José Barbosa disse que o ministro
Barroso agora estava de outro lado. E, dono da bola, encerrou a sessão!
"A bola é minha e ninguém mais brinca"
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